Revendo a Religião

30/01/2008

Revendo os Mandamentos: Última Parte

9. Não desejar a mulher do próximo.

Eis um mandamento que realmente os pregadores seguem à risca, principalmente os padres católicos, já que esses são cientes da existência de dezenas ou centenas de crianças indefesas em suas paróquias, prontas para serem aliciadas. Como há pobres almas para serem corrompidas, essa escória certamente não “perde seu tempo” desejando a mulher do próximo!

Desculpem-me pelo breve “momento de desabafo”, voltemos à discussão do nono mandamento.

Quero inciar a discussão desse penúltimo item do decálogo voltando aos primórdios da humanidade, utilizando o olhar cristão como estrada.

No grande começo da decadente humanidade, apenas um homem poderia ser encontrado vagando pelas planícies e planaltos. Esse homem solitário era Adão, fruto da fértil e indefectível imaginação do homem-invisível. O primeiro habitante do planeta foi feito à imagem e semelhança de seu criador, porém, paradoxalmente, devido a um “erro de projeto”, Adão foi submetido (more…)

28/01/2008

Revendo os Mandamentos: 3ª Parte

7. Não furtar (nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo).

Creio que se o homem-invisível realmente existisse e desse o “ar de sua graça” nos dias hodiernos, no intuito de recompor os seus mandamentos, tendo como auxílio palavras e idéias dos pregadores atuais (que se vangloriam de seu alto poder de persuasão perante o público), esse mandamento seria certamente modificado, ou até mesmo banido.

Claro, qual pessoa agiria contra o próprio patrimônio deliberadamente? Nenhuma, e os pregadores certamente não constituem uma exceção à regra. Usando os seus “conhecimentos religiosos”, os sanguessugas divinos ajudariam o homem-invisível a reescrever as suas leis pífias, de modo que o sétimo mandamento seria prontamente adaptado, passando a adotar um conteúdo semelhante a este:

“Não furtar (mas você, seguidor e procurador de Deus, poderá anexar todas as formas de riquezas imagináveis, tirando dinheiro, casas, carros, terrenos e qualquer outro produto com valor comercial de seus legítimos donos, desde que você tenha a aptidão divina de ludibriar os mais ignorantes e o dom de impor a palavra aos mentalmente desfavorecidos. Sendo assim, nada do que você fará será indigno ou injusto, pois é pelo mando do seu senhor que você estará fazendo tal ato)”.

Desculpem-me, acho que essa nova pregação acabaria tornando-se muito extensa, tendo-se como padrão o conteúdo dos demais mandamentos. Então, resumidamente, o novo integrante do decálogo tornar-se-ia algo parecido com (more…)

25/01/2008

Revendo os Mandamentos: 2ª Parte

4. Honrar pai e mãe (e os outros legítimos superiores)

Essa não é uma exigência divina, é a base do relacionamento familiar, quando existe uma família de fato constituída, e não uma fachada sociável que esconde segredos e mentiras.

Porém, acredito que esse mandamento deve ser de difícil cumprimento por aqueles pobres coitados que nascem e são prontamente abandonados pelas mães completamente desprovidas de escrúpulos, mulheres que se desfazem de seus filhos como se estes fossem o lixo que se retira da cozinha.

Sendo assim, um filho renegado, literalmente jogado nos braços corruptos do mundo que o espera, não tem o direito de criar um sentimento de fúria ou de menos-valia, pois estaria ferindo os costumes do homem-invisível. Mas quem será que merece uma punição: a criança que é abandonada à rua ou a mãe (ou até mesmo os pais, dependendo do caso) que se desprende de seu filho com uma frieza equivalente a que um assassino utiliza para matar suas vítimas? Pelo olhar lógico, racional, obviamente é a mãe que merece o “castigo”.

Mas, pelo olhar da religião, o filho deve honrar o pai e a mãe.

Inimaginavelmente ridículo, mas verdadeiro.

Deve-se honrar pai e mãe quando esses são dignos de receber a honra, quando fazem realmente por merecer, servindo de exemplo para os filhos e os direcionando através dos tortuosos e obscuros caminhos que a vida pode seguir. Pais assim merecem o respeito, porém, são simultaneamente maravilhosos e incrivelmente raros.

O pai que estupra a filha, ou a mãe que espanca o filho, não merece um mísero resquício de consideração. Imagine, então, se monstros como esses merecem algum tipo de honra.

5. Não matar (nem causar outro dano, no corpo ou na alma, a si mesmo ou ao próximo).

Esse, particularmente, é o meu favorito. Poderia discursar várias páginas sobre isso, pois material histórico para embasar minha escrita certamente não faltaria. São tantas as discordâncias e controvérsias acerca desse mandamento que, sinceramente, não sei qual é o meu ponto de partida.

Talvez eu deva começar citando o nome de todos os que morreram em nome da Igreja, e, consequentemente, em nome de Jesus Cristo. Infelizmente, faltariam páginas (more…)

24/01/2008

17/01/2008

A Intolerância dos “Clientes”

Intolerância. Essa é a palavra perfeita para o início deste artigo.

Conseguintes vezes, em minha vida, fui questionado acerca do meu credo religioso. Fui indagado por diversos cristãos (leia-se clientes) das mais variadas empresas, digo, igrejas, e, acreditem, já perdi falsas amizades pelo simples fato de ser ateu. Diante de pessoas como essas, creio que seria mais adequado dizer que eu era um serial killer, ou talvez um estuprador, pois desse modo não criaria uma esfera de desprezo tal qual criada quando represento por meio de palavras um dos alicerces fundamentais dos meus princípios

Queria, honestamente, descobrir quais são os pensamentos que despontam no cérebro desses pobres ignorantes. Sob o meu ponto de vista, o sentimento desperto deve ser o de repentina inferioridade, pois nada mais explicaria a mudança abrupta de conduta pelo simples ouvir da palavra “ateu”. Talvez essas pessoas saibam que estão defendendo uma mentira coletiva completamente desprovida de conceitos críveis e aplicáveis, levando à instauração imediata de uma barreira psicológica protetora dos seus verdadeiros pensamentos e crenças, que, se rompida, pode culminar – criando-se uma analogia as empresas da fé – na “conversão ao ateísmo”. Sim, talvez os clientes tenham receio de enxergar o quão contraditória é a sua religião, ou pior, o quão contraditória é a sua própria vida. Nada mais seria explicação convincente para as “pedradas” verbais que recebemos por sermos puramente racionais.

Tenho amigos e parentes de todas as “tribos” religiosas: católicos, luteranos, evangélicos. Nunca transformei a religião em um obstáculo à civilidade, mas defendo meus princípios a todo custo. Então, quando alguém chega até mim trazendo alguma conversa de cunho religioso, apenas sigo (more…)

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