Imagine um mundo onde o brilhantismo dos cientistas não exista. Revoluções na área da saúde, como vacinas, profilaxias, tratamentos ou curas seriam apenas teoremas tão implausíveis como o criacionismo. Continuaríamos tratando as doenças como povos pré-históricos, buscando o inalcançável em ervas e poções, alimentando esperanças cada vez menores e desgarradas de verdadeiro significado. Porém, se fôssemos acostumados desde o início dos tempos a vivermos sem o auxílio das ciências, não estranharíamos, afinal, nunca teríamos entrado em contato com nenhuma dessas maravilhas que pesquisadores disciplinados e empenhados tornaram, com muito afinco, realidade.
Agora abra qualquer livro de medicina interna e veja quantos milhares de doenças o homem já catalogou, e perceba quantas dessas já têm as suas tão almejadas curas. Se você tiver mesmo interesse pelo assunto, acompanhe o retrospecto de erros e tentativas no intuito de promover a cura, e perceba como os esforços de nossos cientistas são contemplados, inúmeras vezes, com triunfantes vitórias. A tecnologia e o estudo aplicado trouxeram revoluções indescritíveis ao cotidiano das populações, sendo esse um fato incontestável até pelo mais fervoroso cristão.
Essa é a realidade que você vive: a busca do desconhecido, a vitória sobre o antes considerado invencível, o triunfo de mentes brilhantes. Em meio à podridão de manchetes que só fazem destacar os banhos de sangues em conflitos irracionais, fatos como a vacina contra o vírus HPV, principal causador do câncer de colo uterino, ou as novas técnicas de cirurgias minimamente invasivas, são notícias reconfortantes, sinais de que ainda existem pessoas que acreditam em si e não aceitam a derrota quando do primeiro sinal de erro. Existem pessoas excepcionalmente incríveis, que têm o poder de mudar a Medicina e o que hoje consideramos como doenças crônicas degenerativas, como o Mal de Parkinson, o Mal de Alzheimer, a Distrofia Muscular de Duchenne e a Doença de Machado-Joseph, dentre outras várias que preenchem um longo capítulo nos livros de neurologia. Essas pessoas são os pesquisadores que batalham pelo direito de uso das células-tronco em benefício da sociedade.
Mas, de que adianta um exército de mentes geniais se essas não puderem ser usadas em prol da humanidade? Em quase nada, eu diria. Pois é exatamente isso que a nova Campanha da Fraternidade, endossada pela CNBB defende: a inutilização de uma técnica revolucionária de tratamento, que pode trazer benefícios até antes considerados impossíveis, trazendo um novo significado a vidas dolorosamente penalizadas com o sofrimento incessante e interminável.
Ir de encontro às pesquisas sobre a manipulação de células-tronco embrionárias é arremessar anos de conquistas científicas no mesmo desfiladeiro em que se despedaçou o conhecimento na Idade Média: (more…)